domingo, 8 de maio de 2067

Assusto-me a rir...

Assusto-me a rir com o arremedo
das falsas aparências, tresloucadas…
E enquanto vou bispando o seu segredo,
avisto um amplo Mar de almas-penadas.

Assusto-me a rir (e às gargalhadas)
emaçado neste ataque de incultura…
Todas as almas me parecem duplicadas
por um prelúdio de rotina, de clausura.

Assusto-me a rir com a compostura
desses reclusos, desse Mar falso e robusto…
E após ser só mais um da escravatura,
quanto mais me rio mais me assusto.